As acusações de espionagem pelo NSO Group ganham novo capítulo, após empresa de Mark Zuckerger ingressar com acção

O Facebook, proprietário do Whatsapp, ingressou na Justiça contra a companhia de segurança cibernética israelense, NSO Group. Em documentos judiciais, a empresa de Mark Zuckerberg alega que o NSO Group usou um servidor administrado pelo provedor de hospedagem QuadraNet, mais de 700 vezes, para direccionar o malware Pegasus para dispositivos de utilizadores do WhatsApp entre abril e maio de 2019. O processo iniciado em abril de 2020 é o mais recente de uma conhecida batalha travada contra a companhia de segurança cibernética israelense. A empresa de vigilância também é acusada de ter usado um servidor da Amazon nos EUA. Quer saber mais informações sobre o caso? Acompanhe-nos no artigo de hoje do blog da Velonet.

ENTENDA AS ALEGAÇÕES

A acção movida contra a NSO Group diz que o grupo se aproveitou de uma brecha no sistema de chamada de vídeo do WhatsApp para atacar telemóveis e instalar o programa espião (Pegasus) nos aparelhos vulneráveis.

A acção se confirmada viola a Lei de Fraude e Abuso de Computadores dos Estados Unidos. O processo contrapõe alegações da companhia de vigilância de que não opera nos EUA e que seu malware não consegue invadir telemóveis em território americano. A acusação também questiona as afirmações da empresa israelense de que presta serviços somente para governos.

O processo é o mais recente de uma batalha iniciada quando o WhatsApp processou o NSO Group por supostamente ter espionado advogados e jornalistas de direitos humanos. Além do processo do Facebook, o malware da empresa é apontada como o responsável pelo ataque ao telemóvel do CEO da Amazon, Jeff Bezos. O malware Pegasus consegue activar o microfone e a câmara do celular, além de invadir mensagens e obter dados de localização sem que a vítima perceba.

DESDOBRAMENTOS

A falha em questão foi corrigida em maio de 2019, quando o WhatsApp divulgou um alerta a orientar a atualização do aplicativos aos seus utilizadores.

Na acção, o WhatsApp pede que a NSO Group seja proibida de acessar o seu sistema e demais serviços do Facebook, além de cobrar uma indenização contra os israelenses.